domingo, 9 de outubro de 2011

Kalil quer voltar a ser Alexandre, o Grande



Kalil fez os atleticanos vivenciarem cenas que só viam em livros. Entrou na Sede do clube carregado pelos atleticanos que o esperavam na porta, como um governante que derrubava uma ditadura. Alguns dos alvinegros apaixonados comemoraram como um craque que chegava, outros como mais uma taça que entrava para a galeria de glórias. Com voz grossa, um belo discurso e agradecimento por toda a recepção, a primeira medida de Alexandre foi trancar as portas da Cidade do Galo para os mesmos torcedores que o carregaram. Alegou que administrava uma empresa e que empresa não deixa portas abertas ao público, mas não soube dizer que empresa tem um presidente carregado por seus acionistas, como um ídolo.
O Atlético agora acena um retorno dos torcedores ao Centro de Treinamento, instalando cadeiras e avaliando essa possibilidade, com planejamento, de forma organizada. Talvez esse seja o primeiro passo para uma aproximação com a Massa, já que essa é convocada, via twitter, somente em momentos de crise da “empresa”. Quando a Massa está próxima do Clube, não há necessidade de convocá-la, basta sussurrar para que ela ouça e atenda.
Quando passar novamente por aqueles portões, a torcida verá que o presidente teveum cuidado especial com toda a estrutura do Galo. Não só no centro de treinamento, mas nos clubes Labareda e Vila Olímpica, podemos dizer que foi um golaço de placa de Alexandre Kalil o que vemos hoje, aliás, o que esperamos ver quando as portas forem abertas novamente. Ainda teremos a reforma da Sede de Lourdes, que dará lugar a um novo prédio, outro golaço, já que inevitavelmente será uma porta para mais capital.
Se Alexandre Kalil não desfrutar de toda essa estrutura, se não aprender com os erros que cometeu, é certo que o novo presidente terá a faca e o queijo na mão para fazê-lo. Alexandre não teve essa faca e queijo, precisou comprá-los, pagou mais caro, não pesquisou preço e por isso não sobrou nada para que uma goiabada desse um sabor especial. Entenderam? Não? Kalil pegou o Atlético na estaca zero e trouxe o que precisava, mas da maneira errada, na época errada e com o valor errado. Por isso não se deliciou com títulos.
Com a volta do Independência no próximo ano, ficaremos com uma receita maior que a do rival mineiro, o que antes era inimaginável. Sobre os gastos, não podemos avaliar nada até uma nova equipe substituir a atual e falar que realmente os números divulgados estavam certos. Por hora, o que sabemos é que nunca se viu uma zona de rebaixamento tão cara. Fora dos gramados, o Galo é respeitado em qualquer veículo de comunicação, em qualquer canto do Brasil, tornou-se referência administrativa. Agora, como um labirinto, é preciso achar o caminho para levar o respeito para dentro de campo.
Alexandre será Presidente de 2012 a 2015 – Não tenha dúvidas disso – E se escapar da segunda divisão em 2012, continuará valorizando a marca ‘Atlético’. Então será preciso administrar a ‘Massa’, pois ele não terá o mesmo sabor na sua reeleição em dezembro. Entrará sozinho pelas portas, ninguém para carregá-lo, nada para emocioná-lo, além de uns tapinhas nas costas de conselheiros.
Se cairmos, talvez nem criem campanhas de marketing (filho rejeitado do pai Kalil) parareacender a paixão do atleticano. Então verão que não se constrói futebol sem paixão, sem um torcedor próximo ao time. Encararam a proximidade como um mal, algo que prejudicasse e desconcentrasse o time, tiveram uma visão pessimista quando era o momento de falar com os atletas antes dos jogos que todos confiavam até o fim. Basta colocar em prática, abandonar a preguiça, planejar, deixar a visão pessimista de lado. Pessimismo que todos imaginam que exista em relação aos resultados do presidente. Não há! Qualquer atleticano quer ver Alexandre acertando nas contratações, trazendo títulos, que escreva uma história como nunca se viu por essas bandas. Pessimismo atrai pessimismo, e a diretoria só trabalhou com a hipótese pessimista quando o assunto foi torcida.
A Massa e o Atlético são irmãos siameses e a cirurgia para separá-los foi um fracasso e os dois estão na UTI. Encerro deixando um conselho ao Presidente Kalil – Alexandre, se não deu certo administrar uma empresa por 3 anos, volte a administrar uma pátria.


Créditos: camisadoze.net

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