Clube gastou R$ 23 milhões com reforços em 2011, tudo com jogadores que podem dar retorno financeiro
Dudu Cearense custou R$ 2,5 milhões ao Atlético-MG e assinou contrato de três anos
Sem conseguir disputar jogadores medianos, os investimentos com recursos próprios eram algo fora da realidade do Atlético-MG. O presente de aniversário para torcida em 25 de março de 2008, quando o clube completava 100 anos, foi o meia Petkovic. Naquela altura o sérvio estava com 36 anos. Outros veteranos vestiram a camisa atleticana nesse período, como o também meia Souza, que chegou para a sua segunda passagem pela Cidade do Galo.
A partir de 2009, na gestão Alexandre Kalil, as coisas começaram a mudar. Eleito em outubro de 2008, uma das primeiras contratações, em janeiro, foi o atacante Diego Tardelli. Investimento de R$ 2,5 milhões, um dos maiores da história do clube. Parte do valor era uma dívida que o Flamengo tinha com o clube mineiro, por conta da compra do goleiro Bruno.
Dois anos e dois meses depois, o atacante foi vendido por R$ 11,5 milhões. E assim segue o Atlético-MG, apostando em jogadores conhecidos, mas jovens e com valor de marcado. Depois de Tardelli, chegaram ao clube Muriqui, Obina, Nikão, Neto Berola, Daniel Carvalho, Diego Souza, Réver, Patric, Toró, Richarlyson, Giovanni, Lee, Luiz Eduardo, Guilherme Santos, Guilherme e por último Dudu Cearense.
Somente com os jogadores que chegaram em 2011, o Atlético-MG, junto de parceiros, gastou mais de R$ 23 milhões. Disparado a maior quantia para se montar um elenco em 103 anos de clube. O que faz a eliminação na Copa do Brasil ter mais peso e a responsabilidade crescer nas competições que o time tem pela frente. Valor que vai ter um acréscimo, já que a diretoria não esconde que negocia com um jovem atacante que atua no futebol brasileiro, embora não revele o nome.
Seja com investimento próprio ou com ajuda de parceiros, todos os jogadores citados chegaram ao Atlético-MG com menos de 30 anos e contratos com pelo menos dois anos de duração. Muriqui, Obina e Diego Souza já deixaram o clube, que faturou algo em torno de R$ 5 milhões com as vendas, além de manter 17% do meia que está no Vasco.
Foto: Divulgação
Guilherme é a contratação mais cara da história do Atlético-MG e chega com a missão de comandar o ataque alvinegro no Campeonato Brasileiro
“Em três anos contratar 60 jogadores em três anos não é nada exorbitante, uma média de 20 jogadores por temporada. Principalmente quando você tem oportunidades. Recebi um telefone da Europa querendo contratar o Nikão, que foi comprado por dez parcelas de R$ 50 mil. O Guilherme (Santos, lateral-esquerdo) veio de graça. Então temos que olhar o campo e tentar” revela Alexandre Kalil, que tem 63 contratações desde que assumiu a presidência, mas com quase 40% dos jogadores dispensados ou afastados do elenco principal.
Veteranos
Os jogadores veteranos não perderam a vez no Atlético-MG, só perderam o status. Se antes o clube pagava ao Figueirense para ter César Prates, que chegava como solução para a lateral-direita, agora os jogadores acima dos 30 anos chegam de graça e para completarem o elenco. Os atacantes Magno Alves e Marquinhos Cambalhota, esse último ainda nem chegou a Belo Horizonte, não foram contratados com a responsabilidade de comandarem o ataque.
Para isso o clube paga R$ 14,5 milhões em Guilherme, contratação mais cara da história do Atlético-MG. Filosofia adotada em 2011, já que em 2010 o clube ainda gastou dinheiro para trazer o zagueiro Cáceres e o meia Méndez, ambos acima de 30 anos, que não renderam o esperado e deram prejuízo ao clube.
Com a política de investir para ter retorno em campo e nos cofres, a diretoria do Atlético-MG planeja mudar o rumo da história alvinegra, conquistando títulos, vendendo jogadores por valores acima do que gastou e com a situação financeira cada vez mais forte.
“Queremos um jogador com perfil moderno, que seja inteligente e que jogue com o clube”, resume Eduardo Maluf.
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