sexta-feira, 3 de junho de 2011

Infinitamente maior




O Atlético tem feito um trabalho de reestruturação e organização nos últimos anos em todos os setores do Clube. Porém, enquanto os frutos desse trabalho não resultam em títulos dentro de campo, uma carência tem se formado entre alguns torcedores – O desejo em ter de volta ex-jogadores que nada fizeram, enquanto estiveram por aqui.
Pode ser um tapa de luva o que direi, e sei que não vale para todos, mas é preciso acabar com essa mania de que o bronze daqui vira ouro no vizinho. Jogadores que não produziram nada enquanto estiveram no Galo, não se empenharam, não retribuíram o apoio da torcida, não aproveitaram a estrutura, devem ser ignorados enquanto vestirem outra camisa.
E a mágica da valorização além das fronteiras não para por aí, pois muitas vezes o mesmo jogador era vaiado enquanto esteve aqui, pelos mesmos torcedores que hoje o assistem pela televisão e repetem – “Esse sim seria a solução.”
Se o jogador estiver no eixo Rio-São Paulo então, pode ser o terceiro reserva, mas aqui seria bem-vindo, mas nesse ponto fica difícil culpar o atleticano, pois é vítima de parte da imprensa como qualquer torcedor do Brasil. A velha cultura que vem da era jurássica, onde os rádios limitavam o Brasil a 2 estados e os canais ignoravam os demais clubes, fazendo com que as crianças sonhassem em ser Zicos, Netos, Edmundos e até (cruzes) Casagrandes.
Peço à torcida atleticana que acorde, antes que esteja aplaudindo Soutto, Renan Ribeiro, Giovanni Augusto ou Bernard na Europa, sem sequer lembrar que já vestiram a camisa alvinegra. Pego os 4 como exemplo de jogadores revelados no Galo e pelo potencial que demonstram nas chances que recebem. Abandonemos agora o ato repetido roboticamente de aplaudir Rever, Guilherme, Mancini, Guilherme Santos, entre outros, enquanto disputam a Champions League e agir com desconfiança quando os vemos próximo às grades da Arena do Jacaré.
Saudade de um atleta que recebia em dia e, mesmo com o time à beira do rebaixamento, insistia em curtir excessivamente a noite da capital? Sonhar em ter de volta o astro carregado nos ombros logo que chegou ao aeroporto e saiu dizendo que precisava de uma chance em um time maior? Tenho saudade é de atacante que continuava em campo com o joelho estourado, mal conseguindo andar e ainda assim balançava as redes, erguendo o punho fechado para o alto. Disso sim, a torcida atleticana está autorizada a sentir saudade. Então, conto com o apoio total da Massa aos que entrarem em campo com a camisa do Atlético. Esqueçam as águas que já passaram por essa ponte e incentivem os que continuam aqui, pois são eles que farão os “ex-astros” perceberem que o Atlético é infinitamente maior que qualquer craque de temporada.
ABRAÇO NAÇÃO!

www.twitter.com/faelgalo10

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