segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Aproveitamento do Galo pula de 26% do turno para mais de 57% no returno

Modificações táticas e padrão na escalação são os motivos da melhora conforme explica André Rocha, do Blog Olho Tático

Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
Atlético-MG, 24 pontos conquistados em 42 e quarto lugar na tabela de classificação. Essa, na verdade, seria a classificação do time se apenas o segundo turno do Brasileirão fosse levado em conta. Os bons resultados nesta segunda metade do torneio ajudaram, e muito, na briga contra o rebaixamento. Em 14º lugar na classificação geral, com 39 pontos, o Galo se distanciou dos times que estão na parte de baixo da tabela. A diferença para o primeiro time do Z-4, o Cruzeiro, é de cinco pontos.
A chegada do técnico Cuca pode ser apontada como um dos motivos para a recuperação do time. O treinador alterou o esquema tático do time, já que o usado por Dorival Júnior não vinha dando certo, como explica André Rocha, do blog Olho Tático.
Segundo o blogueiro, quando o Atlético-MG era comandado por Dorival Júnior, a constante alternância no esquema tático, além da escalação pouco regular nas partidas, não permitiu que o treinador pudesse ter uma boa sequência de resultados.
Campinho Atlético Mineiro - Dorival (Foto: André Rocha / Olho Tático / Globoesporte.com)Atlético-MG dos tempos de Dorival Júnior (Artes: André Rocha, blog Olho Tático / Globoesporte.com)
- O Atlético-MG de Dorival Júnior que se livrou do rebaixamento no ano passado atuava num básico 4-2-2-2. Em 2011, o treinador não conseguiu dar padrão tático à equipe. No Brasileirão, alternou o 4-2-3-1, o meio-campo em quadrado e losango. Na derrota por 2 a 1 para o Figueirense no Ipatingão, pela 15ª rodada (última partida de Dorival no comando do Galo), o treinador arriscou um esquema pouco usual em seu repertório: um 3-4-1-2 desorganizado que pouco criou, que resultou em um desastre na defesa – com falhas seguidas do trio Werley, Lima e Leonardo Silva - e permitiu que o adversário abrisse dois gols de vantagem. O resultado custou o cargo ao treinador.
Já com o técnico Cuca, André Rocha mostra que o Atlético-MG passou a usar o esquema tático em função do adversário. Além disso, a chegada de jogadores que vieram a pedido de Cuca, como os laterais Triguinho e Carlos César, e do volante Pierre, deram consistência ao time.
- Por conta disso, o sistema de jogo varia muito, porém com escalação mais definida. Triguinho pode ser lateral ou zagueiro pela esquerda, e Bernard atua como meia ou uma espécie de ala. No triunfo sobre o Palmeiras, que atua no 4-2-3-1, Cuca "espelhou" o esquema do oponente com Neto Berola aberto à direita, Bernard do lado oposto fazendo dupla com Triguinho, Daniel Carvalho - destaque do time nas últimas partidas – na articulação e André mais enfiado. No meio, Pierre atua mais plantado e Fillipe Souto ganha liberdade para atacar. Assim saiu o belo gol do jovem volante atleticano.
Campinho Atlético Mineiro - Cuca (Foto: André Rocha / Olho Tático / Globoesporte.com)Com Cuca, o Galo tem quase todos os titulares definidos, mas varia o esquema tático de acordo com o rival
O próximo adversário do Galo será o Figueirense, neste sábado, às 19h (de Brasília), em Florianópolis. Como Jorginho varia pouco a escalação de seu time, a semana de trabalho será com base no esquema do adversário.

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