Luiz Martini - Superesportes
Taffarel se tornou ídolo dos torcedores do Atlético pelas atuações e segurança na meta |
Um dos maiores goleiros de todos os tempos. O nome de Taffarel é referência quando se fala de jogadores da posição no Brasil e no exterior. Campeão mundial e conhecido por exercer espírito de liderança por onde passou, o ex-arqueiro viveu três anos e meio de sua carreira com a camisa do Atlético. Contratado num período em que o Galo passava por problemas financeiros, ele relembra o passado com o uniforme preto e branco.
“Foi excelente e marcante vestir a camisa do Atlético. Uma grande experiência. Gostei muito de Minas, de Belo Horizonte e do clube. Mesmo com o Atlético passando por problemas financeiros na época em que estive aí, posso dizer que a minha passagem foi maravilhosa”, contou Taffarel ao Superesportes.
A saída de Taffarel foi marcada por discussões e atritos com a diretoria. Uma imagem dele no vestiário do Mineirão, quando tomava banho e discutia com o ex-presidente Paulo Cury, rodou o noticiário esportivo e simbolizou o adeus do goleiro. Taffarel comenta o episódio com o mandatário do período.
“Aquilo ali foi a gota d’água. A gente passava muitas dificuldades de pagamento no Atlético. Os companheiros não podiam ficar três meses sem receber. Como era capitão, eu reivindicava em nome dos jogadores e a gente batia de frente com a diretoria. Cheguei ao ponto de discutir com ele (Paulo Cury), mas ele não era má pessoa. Era um atleticano que queria ganhar com o clube, mas, infelizmente, não deu certo. Hoje tem mais recursos e na época não tinha isso. Essa mudança no futebol foi geral”, disse o goleiro, que fez 191 jogos com a camisa do Atlético.
“Foi excelente e marcante vestir a camisa do Atlético. Uma grande experiência. Gostei muito de Minas, de Belo Horizonte e do clube. Mesmo com o Atlético passando por problemas financeiros na época em que estive aí, posso dizer que a minha passagem foi maravilhosa”, contou Taffarel ao Superesportes.
A saída de Taffarel foi marcada por discussões e atritos com a diretoria. Uma imagem dele no vestiário do Mineirão, quando tomava banho e discutia com o ex-presidente Paulo Cury, rodou o noticiário esportivo e simbolizou o adeus do goleiro. Taffarel comenta o episódio com o mandatário do período.
“Aquilo ali foi a gota d’água. A gente passava muitas dificuldades de pagamento no Atlético. Os companheiros não podiam ficar três meses sem receber. Como era capitão, eu reivindicava em nome dos jogadores e a gente batia de frente com a diretoria. Cheguei ao ponto de discutir com ele (Paulo Cury), mas ele não era má pessoa. Era um atleticano que queria ganhar com o clube, mas, infelizmente, não deu certo. Hoje tem mais recursos e na época não tinha isso. Essa mudança no futebol foi geral”, disse o goleiro, que fez 191 jogos com a camisa do Atlético.
Goleiro durante treino na Vila Olímpica |
Campeão Mineiro, da Copa Centenário e da Conmebol, Taffarel torce para que o conterrâneo Ronaldinho Gaúcho faça sucesso no Alvinegro.
“Minha recordação é positiva. É um clube que tem um potencial grandíssimo. É um dos maiores do Brasil e deve procurar melhorar sempre. O Atlético tem uma torcida grandíssima e apaixonada. Seria bom que o Ronaldinho se sentisse bem em Minas, assim como eu me senti. Quem sabe ele pode recuperar o bom futebol e levar o Atlético aos títulos que tanto merece”, frisou.
Seleção Olímpica
Antes de brilhar com a Seleção principal, o goleiro contribuía com a Olímpica. Nos jogos de Seul, em 1988, o atleta fez parte do grupo que ficou com a medalha de prata, ao ser derrotado pela União Soviética na decisão. As atuações nos Jogos fizeram com que Taffarel fosse um dos primeiros goleiros brasileiros a ser contratado pelo mercado europeu. Ele fala sobre a possibilidade de jogar uma olimpíada.
"Disputar uma Olimpíada é muito bonito, mas não é igual a Copa do Mundo. O convívio é bom com outros atletas. Você vê os jogadores de vôlei, basquete e outros esportes juntos na vila olímpica. É um ambiente muito bom. Espero que o Brasil consiga trazer o título. Está na hora de ganhar e para isso o Brasil tem que encanar o espírito olímpico”, afirmou.
Seleção Brasileira
Taffarel foi tetra com a Seleção em 1994 |
“É emocionante. Inesquecível. Aquela foi a primeira Copa decidida nos pênaltis. Depois de 24 anos, o Brasil voltou a ser campeão. Não esqueço aquele último pênalti e a comemoração. Pensava que eu tinha que ajudar. A responsabilidade é de quem vai bater, mas o goleiro precisa ajudar o time, passar confiança”, contou Taffarel, que era conhecido como exímio pegador de pênaltis.
“A técnica para defender pênaltis é esperar a cobrança. Você deixa o atacante na dúvida. Mas se o chute é forte e no canto, chegar na bola é muito difícil. Você tem que contar com o nervosismo do cara que vai bater, pois ele quer definir logo”, revelou.
Treinador de goleiros
Depois de tentar a carreira de empresário, Taffarel se tornou treinador de goleiros. Contratado pelo Galatasaray há um ano, ele não pensa em virar técnico. “Completou um ano que trabalho lá na Turquia. A gente no Sul tem uma história de goleiros que ajuda bastante nessa função. Hoje, trabalho com o Muslera, e com dois turcos. Não penso em virar técnico, mas nesse mundo do futebol nada é impossível. Estou começando nessa nova função. Estou gostando bastante e essa experiência ajuda.
Revelado pelo Internacional, Taffarel não conquistou nenhum título com a camisa colorada. Mas as raízes vermelhas serviram para torná-lo ídolo no clube e também para ter se espelhado em um ex-jogador da equipe.
“Na minha época de adolescente, quando eu comecei a jogar, eu fui treinado pelo Benites, goleiro paraguaio que jogou no Inter. Ele foi uma referência para mim. Peguei muito dessa característica de boa colocação com ele. Era o estilo dele. Ele pedia para estar ligado e ficar em pé. Já a saída rápida de bola com as mãos é uma característica minha.”, finalizou