Mais caro da história do futebol mineiro, Guilherme não sente pressão

Jogador ressalta que fez primeira pré-temporada da carreira e quer fazer valer investimento. Filha Giovana também serve de motivação para o atacante

Por Fernando Martins Y Miguel

Belo Horizonte

Guilherme quer fazer valer investimento de 6 mi de
euros (Foto: Fernando Martins / Globoesporte.com)

O atacante Guilherme marcou o primeiro gol na temporada no último domingo, no clássico contra o América-MG. Na condição de reserva do Atlético-MG atualmente, o jogador é o mais caro da história do futebol mineiro, mas o bom início de ano serve de alento para o atacante retribuir o investimento feito pelo clube.

Em março do ano passado, Guilherme teve 60% de seus direitos econômicos adquiridos pelo Atlético-MG, junto ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, por 6 milhões de euros. Contratado para ser o substituto de Diego Tardelli, Guilherme marcou apenas duas vezes em 2011, em 16 jogos. Já na atual temporada, o atacante entrou no decorrer de todos os cinco jogos, mostrou bom rendimento e balançou a rede no clássico. Ele explica que o bom momento não é por acaso.

- Nesse ano, apesar do gol ter saído somente na quinta rodada, e mesmo eu tendo entrado durante os jogos, acho que estou totalmente diferente. Fiz minha primeira pré-temporada após eu ter me tornado profissional em 2008. Isso vem fazendo a diferença, e coloquei na cabeça que será o meu ano.

Guilherme tem a consciência de que é o jogador mais caro da história do futebol de Minas Gerais. Mas ele garante que não sente pressão por isso e acredita que dará o retorno esperado em campo.

- Não pesa, mas eu tenho a consciência de que foi uma contratação de alto nível (financeiro). Mas não posso ser culpado porque não joguei vários jogos. Também não posso ser culpado pelas lesões, porque elas acontecem. Não sinto essa pressão por ser o mais caro, mas tenho a consciência e espero que eu possa dar esse retorno ao clube e aos torcedores o mais rápido possível.

Filha

O gol contra o Coelho não foi importante somente no âmbito profissional. Na questão pessoal, o tento marcado diante do América-MG vai ser inesquecível por conta da filha Giovana, de pouco mais de um ano.

Ainda no estádio, após o jogo, Guilherme lembrou que esperava ver a filha gritar o gol do pai pela primeira vez, já que a pequena aprendeu a falar há pouco tempo.

- No domingo ela não gritou. Ontem (segunda-feira), na matéria ao meio-dia ela gritou. Ela olhou para televisão e chamou o papai. Na época em que descobri que minha esposa estava grávida, eu estava na Ucrânia, e fiz um gol e coloquei a bola na barriga para homenagear. Depois de crescidinha, foi a primeira vez que tive esse prazer de ver ela gritando o gol. Isso me faz crescer como homem e como pai.